“Para mim, foi a primeira vez que vejo este projecto no campo, e visitar Tsangano, foi ver in louco os resultados que este projecto já alcançou. Visitámos o Centro de Saúde de Tsangano que já tem um SAAJ específico para o atendimento de adolescentes e jovens, o que já é uma mais-valia, uma vez que antes, eram prestados de uma forma integrada. Fica assim garantida a privacidade destes jovens, a qualidade de prestação dos serviços, e os números começam a provar isso. Em média visitam este lugar 150 adolescentes, mensalmente. Fiquei satisfeita com o que vi e ouvi deste projecto e tem tudo para terminar com os êxitos esperados”, constatou Mauricete Ruco, a Oficial de Programas no Governo de Flanders, o doador, à margem da visita de monitoria à província de Tete efetuado na última quinta-feira. Mauricete Ruco percorreu todos os blocos de atendimento do Centro de Saúde de Tsangano, desde a maternidade, Farmácia, Laboratório e recebeu explicação detalhada de como funciona cada sector por parte do Director do Centro, mas é no SAAJ que passou mais tempo e dada a sua especificidade recomendou: “espero que este SAAJ crie outros serviços integrados para outros serviços para além dos SSR, para que seja aqui a paragem única para os adolescentes, no tratamento de outras patologias”, disse Ruco que de imediato, ouviu da responsável provincial de SAAJ na DPS, Esperança Macamo a acolher com satisfação.
Porque a comitiva que seguiu à Tsangano integrava, para além da DPS de Tete, o consórcio de implementação do projecto, nomeadamente, PCI Media, TV Surdo e ICRH-M, a Mauricete Ruco assistiu a uma formação de reciclagem sobre a língua de sinais e terminologias em SSR ministrada pelo Paulo Teixeira da TV Surdo aos activistas de saúde e adolescentes com deficiência. Segundo disse, Hamida Momad, do PCI e Midia, líder deste consórcio, é com reforço destas habilidades que se espera que estes adolescentes com deficiência tenham capacidade comunicativa quando se fizerem ao SAAJ, e por sua vez, os activistas consigam alcançar este grupo marginalizado que não poucas vezes vê os seus direitos sexuais e reprodutivos relegados.
“A sessação que tenho desta visita de monitoria, deste projecto especificamente, para além de todos os outros que financiamos na província de Tete é de que houve algum atraso por causa da COVID-19, porém todos estão numa fase avançada de implementação, isso nos dá algum alento, os resultados até aqui apresentados são satisfatórios, e encorajamos aos parceiros a envidar esforços para colmatar as adversidades e chegar ao fim do projecto com todo o ciclo fechado. Estamos disponíveis e abertos para prestar todo o apoio que for necessário, para que de facto, os objectivos preconizados sejam alcançados, e tenho fé que vão, pelo que pude constatar desta visita”, finalizou Mauricete.
O projecto Acesso Sem Barreiras com uma abordagem de desvio positivo para melhorar a comunicação e os serviços de SSR dos adolescentes, é implementado em Tete, nos distritos de Tsangano e Changara e, em Maputo, nos distritos de Moamba e Magude. Teve início em 2020 e termina em Maio de 2023.
