ESTAMOS COMPROMETIDOS: Provedores de Saúde de Màgoé Capacitados em Matéria de Aborto Seguro.

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“Estamos todos comprometidos, e podem ter a certeza que o programa de aborto seguro aqui no distrito de Màgoé vai ter o sucesso desejado, porque, com este reforço das habilidades técnicas, vamos assegurar a plena execução, com o fim último de tornar o serviço acessível a todas as mulheres e reduzir os abortos clandestinos, consequentemente as mortes maternas por causas evitáveis”, disse o médico-chefe distrital, Caetano Remédio na última sexta-feira, 18, à margem do encerramento da formação dos provedores de saúde no pacote completo de aborto seguro, que decorreu em Magoe.

Caetano Rémedio – Médico-Chefe do Distrito de Màgoé

Durante a formação intensiva que durou cinco dias, 9 (nove) enfermeiras de SMI de Magoe e Cahora Bassa aprenderam, dentre vários assuntos, os tipos de aborto, métodos de tratamento, avaliação clinica, Aborto Médico, Evacuação Uterina, AMIU); Manejo da Dor e de Complicações de aborto, Contracepção-pós aborto; aconselhamento efectivo para as mulheres que procuram serviços de Aborto Seguro, legislação atinente ao aborto, teoria que se consolidou com aulas práticas, sobretudo de inserção de métodos contraceptivos de longa duração, exercícios práticos de casos de abortos e sua conduta.

Ana Estância da DPS – Co-facilitador aos Provedores de Saúde
Aula prática sobre a inserção do Implante no braço.

Esta actividade, enquadra-se no âmbito da implementação do projecto aborto seguro em Tete, que desde Julho deste ano, nesta terceira fase, estendeu a sua abordagem a este distrito, com objectivo de integrar os serviços e garantir que toda a mulher e rapariga aceda aos serviços de aborto seguro com qualidade desejada, por isso, segundo afirma Sónia Róia, a Oficial do Projecto no ICRH-M, está é a principal actividade a decorrer no distrito depois da apresentação do projecto às autoridades do distrito. “Para haver oferta dos serviços é importante ter técnicos capacitados, por um lado, mas por outro, haverá pacotes separados de formação para os actores comunitários para assegurar o acesso a informação e reduzir os mitos e tabus na comunidade, ou seja, será um casamento perfeito entre a saúde e a comunidade”, disse.

Durante a formação, os provedores de saúde, foram capazes de elencar os problemas do distrito e na mesma senda identificar as soluções que podem ser adoptadas localmente para que o projecto não tenham percalços. “Nós vimos que é importante que os outros colegas do CS de Saúde estejam abalizados sobre esta matéria, por isso, comprometemo-nos em fazer a réplica dentro da US e em outras da periferia, e, aliado a isto, vamos envolver as lideranças comunitárias que tem o poder de influenciar as comunidades para a mudança de comportamento. Ademais, iremos fazer palestras e orientar sessões de diálogos com vista a perceber dos problemas e encontrar soluções”, disse Marbela Dias, supervisora distrital de SMI em Magoe.

Para João Sérgio Mutacate, um dos facilitadores deste treinamento, este é o momento impar para a integração dos serviços de aborto seguro. “O sentimento com que saio daqui é de que há todas as condições para que o mesmo tenha sucesso, espero que tudo que partilhado seja efetivamente colocado em prática”, disse.

João Sérgio Mutacate – Médico gineco-obstetra.

O projecto é de dois anos e meio, (Julho de 2022 – Dezembro de 2024), e durante este período vai intervir em áreas estratégicas para garantir que toda a mulher tenha acesso à informação e aceda sem medo e estigma os serviços de qualidade na unidade sanitária, em casos estritamente necessários e estipulados na lei que despenaliza o aborto em Moçambique. Procura-se reduzir os casos de abortos clandestinos e suas complicações que tem um peso enorme nas taxas de mortalidade materna por esta causa, particularmente na província de Tete, nos distritos de Angónia, Cahora Bassa, Changara e Magoe. O financiamento vem do SAAF.

Projectos ICRH moçambique

Pesquisas e projectos desenvolvidos em Moçambique

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