Para avaliar o desempenho, debater os principais desafios, assim como coordenar e controlar a execução das actividades dos parceiros de cooperação do sector da saúde na província, os Serviços Provinciais e a Direcção Provincial de Saúde de Tete, mantiveram na última quarta-feira, 01 de Fevereiro, na cidade de Tete, a 1ª Reunião de Coordenação e de Balanço das Actividades com os parceiros de cooperação na província.
Participaram do encontro, pelo menos 13 Organizações não-governamentais que actuam neste sector com diversos programas, que alinhados com a agenda do dia, apresentaram os resultados de implementação do ano trasacto, desafios e constrangimentos enfrentados, bem como planos de trabalho para o presente ano.

O ICRH-M, tomou do evento, e representado pelos Coordenadores, Jaime Mário e Pedro Carvalho, apresentou cinco dos seis projectos que implementa em 14 distritos da província. Estes projectos vão desde a componente de HIV, TB – com o pacote de adesão e retenção de pacientes em tratamento, melhoria da SSR da população-chave, Aborto Seguro – para o acesso aos serviços – Acesso Sem Barreiras com o pacote de SAAJ com na inclusão de PcD, e naturalmente, o Inspire, com foco na pesquisa com abordagens inovadoras para o bem-estar perinatal das adolescentes.

No seu discurso de ocasião, a Directora dos Serviços Provinciais de Saúde, Dra. Carla Mosse, mesmo a reconhecer o papel que as ONG´s tem no contributo para a melhoria da saúde e bem-estar da população de Tete, disse ser imperioso que as nossas acções sejam concertadas e alinhadas para responder as 6 prioridades do Plano Estratégico do Sector da saúde, que de entre outros, visam: (I) A redução da mortalidade materna, neonatal e infantil intra-hospitalar; (II) Tratamento da desnutrição aguda e crianças menores de 5 anos, incluindo a vacinação; (III) Redução da morbi-mortalidade das grandes endemias (Malária, Tuberculose e o HIV), só para citar alguns.
Carla Mossa não tem dúvidas que, em conjunto, é possível seguir e alcançar estes pressupostos, por isso, vê nas ONGºs um elevado potencial que, devidamente explorado, pode gerar resultados de grande impacto no desenvolvimento socioeconómico do Pais. Mas para isso, lembra que é necessário, à luz das reformas do sector da saúde, manter o espirito de aperfeiçoamento constante dos parâmetros de coordenação, comunicação, planificação, implementação, monitoria e avaliação entre todos os actores principais, tanto nacionais como estrangeiros para assegurar que os objectivos e metas definidas no nosso quadro de cooperação sejam alcançados.

Para o Coordenador Provincial do ICRH-M, Jaime Mário, este encontro serviu de alavanca no estreitamento de relações, primeiro com os outros parceiros de cooperação e, segundo, com estas duas instituições públicas (SPS e DPS) que zelam pela saúde na província. “É satisfatório notar que de facto, enquanto ICRH-M, os nossos programas merecem atenção e vão de encontro com os objectivos do sector na província, e podemos afirmar que 2022 foi o ano de muitas realizações nos diversos indicadores de saúde, embora algumas adversidades”, disse Jaime Mário.

Recorde-se que, o Centro Internacional para a Saúde Reprodutiva (ICRH-M) é uma associação Moçambicana sem fins lucrativos de carácter científico dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Foi registada pelo Ministério da Justiça em Outubro de 2009 e reconhecida como instituição de pesquisa pelo Ministério de Ciência e Tecnologia desde Dezembro 2011. Tem escritórios em Maputo, Tete, Niassa e Nampula. O ICRH-M adere plenamente ao reconhecimento da saúde reprodutiva como um direito humano básico dos homens, mulheres e adolescentes.
